Cerca de uma tonelada de detritos oleosos já foi retirada do litoral do Rio Grande do Norte. Manchas que surgiram a partir de 15 de setembro afetaram nove municípios, sendo monitoradas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) estadual. Até a presente sexta-feira (23), pelo menos 924,7 kg de resíduos foram coletados, conforme informações do Instituto. A origem, embora ainda não identificada, pode estar relacionada ao vazamento de óleo que atingiu o Nordeste em 2019, quando mais de 34 toneladas de óleo foram recolhidas apenas no Rio Grande do Norte.

Iracy Wanderley, Subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema, destacou em entrevista à CNN as medidas tomadas para enfrentar a situação e descobrir a origem do novo material. Ela alertou sobre a natureza altamente poluente e prejudicial à saúde humana e ambiental desse óleo. Um grupo de apoio e monitoramento, composto por Ibama, Idema, Defesa Civil, Marinha e Secretaria do estado, já coletou amostras do óleo, aguardando análises laboratoriais para confirmar se o DNA corresponde ao óleo que chegou em 2019.

Embora a Marinha tenha confirmado à CNN que as amostras foram coletadas, ainda não há previsão para a conclusão das análises. Em um comunicado anterior, o governo brasileiro já havia afirmado que os resíduos de óleo encontrados em praias de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Paraíba em agosto deste ano não têm relação com o vazamento de 2019. A hipótese mais provável sugere um novo evento relacionado ao descarte de água oleosa lançada ao mar após a lavagem de tanques de um navio petroleiro em alto mar.

Iracy Wanderley encerrou, orientando a população a não tocar no óleo, caso o encontrem em qualquer trecho do litoral, e a comunicar imediatamente à Defesa Civil do município através do 190. Diante da situação, a prefeitura de Natal, a capital do estado, anunciou reuniões com órgãos ambientais, de segurança e de saúde para buscar soluções para lidar com o material de origem desconhecida.

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